domingo, 24 de janeiro de 2010

Sem cuecas

Não usar cueca até que é bom. No Campus do Vale é fácil, já que tem muito pouca mulher gostosa. Lá só estuda galera da História, Filosofia, Ciências Sociais, Química... enfim, cursos que a beleza não é fundamental.
O complicado era que nas quintas-feiras as gurias que estudavam nutrição tinham aula na sala ao lado da nossa. Pessoalmente era um problema. Sempre aquela tensão, qualquer descuido e, barraca armada. Aí não dava para o cara levantar da cadeira, tinha que esperar até o processo seguir seu curso normal, uma função.

Mas quem nunca gostou desta história de eu andar sem cueca foi a Clélia. Era ela quem lavava minhas roupas lá na casa da mãe. Sem usar cueca eu e a Clélia descobrimos a utilidade dela: (não tem nada a ver com repressão do sistema, com falta de liberdade e essas coisas) o problema é o cheiro ruim que tem o pequeno hippie, no meu caso não tão pequeno.
Nós nunca falávamos sobre isso, mas ela estava sempre me testando:

- Ricardo, será que precisa lavar de novo esta tua calça?

A Clélia lavava roupa três vezes por semana, então dava para usar calça limpa de vez em quando. Porque não pensem vocês que uma solução é ter várias calças, hippie não pode ter várias calças, no maxímo três. Consumismo não!

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