quarta-feira, 13 de abril de 2011

Broxar

Era uma questão de honra: eu tinha que broxar! Foi a única vez na história da humanidade que uma broxada seria prova contundente de macheza. Concentrei, mantive o foco - até lembrei da minha mãe -nada. A samba canção traia qualquer tentativa de engano. Se fosse uma sunga poderia colocar o instrumento pro lado, ficaria menos evidente, mas a samba canção formava uma barraca. Fazia a coisa parecer maior do que era.

Os dois amigos da Martinha estavam sem camisa. Davam tapas na bunda dela; ela corria e dava risada. Era uma cena horrível, e eu de pau duro. Nada de falhar.

Aquilo era uma prova da minha teoria que o pênis tem vida própria. Tantas vezes a gente quer, e ele nada; quando a gente nada, ele quer.

Acabei desistindo. Levantei e fui pro outro quarto. Deixei o pessoal se divertir à vontade. Fiquei deitado na cama, sozinho. Eu e a samba canção que seguia lá em cima. Já estava quase dormindo quando a Martinha entra só de calcinha. Veio empurrada pelos gays. Subiu em cima de mim, os seios à mostra, fez um coque no cabelo e chegou perto do meu ouvido:

- Rica, eu gosto de mulher e tu vai ter que ser muito bom pra superar uma mulher. Agora que eu quero ver!

Broxei na hora - comprovei a teoria.

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