- Porra, Paulinha, como assim ficou com outro cara? - entre uma baforada e outra num baseado ela contava que tinha ficado com o Tonho.
- Cara, fiquei. - agora ela me chamava de cara - Não sabia que tu ias te indignar. E os teus ideais?
- Paula, primeiro, para de me chamar de cara; segundo, eu não estou indignado, eu só estou.... - Não encontrava palavras para descrever meu estado. Estava em choque, apavorado; quase chorando.
- Cara, te acalma, achei que tu ias levar numa boa. Rolou uma química entre nós e acabou acontecendo, foi só! Desculpa!
- Desculpa? Maria Paula, a gente pede desculpa se pisa no pé de alguém, se esbarra na rua, mas não quando tu metes um corno na pessoa.
- Bom, Ricardo, não tem o que fazer. Dei e ponto!
- Para de falar esta palavra!
- Qual? Cara?
- Não.
- Dei?
- Porra, Maria Paula, chega!
- Cara, nunca imaginei. Que caretice!
Nenhum comentário:
Postar um comentário