terça-feira, 3 de agosto de 2010

Tamara

Depois da Rê veio a Tamara. A principal coisa que eu posso dizer da Tamara é que ela me dava e me dava muito. Na verdade a Tamara me dava tanto que eu nao sabia o que fazer com ela. A gente se conheceu nas Catacumbas, uma festa do pessoal da faculdade.

Como acontecia em todas as festas eu estava parado em um dos cantos. A música era aquela barulheira de sempre, uma gritaria em inglês, um som de guitarra interminável, para quem gosta uma beleza. Eu tinha fumado alguma maconha e já não estava entendendo mais nada que acontecia, até que apareceu uma guria que definifitvamente apreciava a música, porque mexia a cabeça com uma vontade que dobrava o gosto.

Eu fui me aproximando, até porque não tinha outra opção, ela vinha cada vez mais pra cima da parede e eu vivia escorado naquela parece. Quando eu me aproximei para falar com ela, chegar perto do ouvido, ela me deu uma cabeçada na boca.

Rapaz, aquilo foi uma sangueira que não tinha mais fim. Ela virou para brigar comigo, mas quando viu o tanto de sangue que saia da minha boca ficou assustada e eu fiquei apavorado quando vi o susto dela.

De pronto fomos para a rua e mais de pronto ela me agarrou. Eu fiquei numa situação difícil, não queria perder a mulher, mas beijar com o lábio aberto não era convidativo. Mas a Tamara não se fazia de rogada e me convidou para ir no quarto dela. Chegando lá já começou a se empenhar no assunto importante.

Obviamente eu esqueci o meu problema na boca. A Tamara sempre teve o dom de me apagar todos os problemas. Eu fui muito apaixonado por ela, e ser apaixonado não podia render felicidade.

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